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35 de NGA. O homem, o artista e a obra















A música “35” do rapper NGA, lançada a 3 de Novembro, é um quadro de arte pintado com diversas cores que traduzem os sentimentos verdadeiros de um artista que liberta a sua imaginação aos cantos desse longo percurso da vida, passando a radiografar abordagens das mais pessoais às gerais do mundo à sua volta. Não esquecendo de justificar o peso do conteúdo lírico com os trinta e cinco anos completados e que são mais do que simples números para a sua vida.
O quadro tem um fundo instrumentalizado por Madkutz e ajustados por DJ Caíque, que aumentaram ainda mais o valor a esse quadro sem preço.


Antes de tudo, NGA agradeceu a Deus por estar sempre do seu lado e dar-lhe forças num momento que ele se achava incapaz de enfrentar: a perda física da sua mãe, dona Clementina João Almeida Pascoal, o pilar da sua vida.
NGA reconhece que a sua caminhada sempre teve a bênção de Deus e que é muito importante caminhar com ele na vida por causa das imprevisibilidades que, às vezes, nos remetem ao apoio de um Todo-Poderoso. Na mesma senda, agradece pela saúde dos seus filhos e a sua transformação de vida, por ser um homem capaz de traçar o seu caminho e fazer do mero jogo de palavras o sustento para si e para a sua família.
Com maturidade e autoridade, NGA fala dos resultados positivos dos ensinamentos das escrituras sagradas que chamam atenção do perdão e da honestidade quando muitos andam perdidos e cegos por causa do conforto da mentira, criticando a ambição humana que tem passado dos limites porque até a palavra de Deus é usada por oportunistas que fazem a mesma ganhar rótulos, como se de promessas políticas se tratasse, banalizando o amor ao próximo e, consequentemente, os mais fracos são os mais sacrificados e que, mesmo assim, não se importam com tamanhas barbaridades. A letra faz-nos questionar, ponderar. Como é possível diante de tanta maldade e de pessoas que dizem ser o que não são levantar-se a possibilidade de se morrer pela bandeira? São ideologias criadas com objectivos de padronizar e restringir a liberdade das pessoas para um cenário favorável às suas ambições, impondo as suas concepções pessoais de vida aos que pouco usufruem da sua liberdade de pensar?
NGA já não é o músico com a mesma visão de ontem. Acredito que, se se limitasse às circunscrições da Linha de Sintra, não conseguiria retratar, a cores, os diversos lados do mundo. Foi graças à música que conheceu quase todo o país que o viu nascer, Angola, reconhecendo os seus  avanços no período pós-guerra, onde já há livre circulação de pessoas e convivência sadia de povos distintos, como refere num dos versos:
E quando fui atrás do pão no Huambo/Cunene e Malanje/ Vi que a minha Angola já não tem guerra
Paradoxalmente, considera que o país ainda não vive os ventos da pacificação, atendendo aos inúmeros desafios dos diversos sectores da sociedade.
A experiência de vida na diáspora também não passou despercebida no conteúdo da música, na medida em que NGA chama a atenção dos africanos, particularmente, dos cabo-verdianos, angolanos e guineenses para terem cuidado com os europeus porque não são seus amigos, por mais que o pareçam em determinadas circunstâncias. Isto pressupõe interesses com o intuito de subtrair de forma avultada e impiedosa as suas riquezas, como o próprio rapper aponta:
Vi que o cabo-verdiano, o angolano e o guineense/ São bem-vindos/Ou melhor recebidos/Na Europa, quando a economia em África cresce/É interesse
No decurso da sua escrita, o rapper também faz uma incursão ao oportunismo dos homens que não medem consequências quando se trata de dinheiro, inclusive aqueles que têm tanto e que já não sabem o que fazer com o mesmo. Comportamento que deixa muitas famílias sem tecto, sendo as crianças, infelizmente, os principais reféns dessa falta de insensibilidade humana.
Vi que o resto ao lado passa/Quando o assunto é caça à massa/A grana/Vi desgraça no olhar das crianças 
Outra questão do mundo contemporâneo levantada por NGA é a problemática da raça, afirmando que só existe raça humana, ou seja, independentemente da tonalidade todos são humanos. “Só vi uma raça/ A raça humana”. No mesmo diapasão, ao firmar que “… a minha pele castanha é castigada/Com o suporte da assembleia” critica as leis mascaradas de justas, mas que na verdade prejudicam as minorias.
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